Balalaika

Balalaika
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BALALAIKA

Balalaika

barco no Volga

barqueiro sonhador

na outra margem

olhos bonitos

olhos bonitos do teu amor

matrioska

praça vermelha

paisagem nova sem defeito

bandeira ao vento

os olhos d' água

os olhos d' água, a mão no peito

em terra e sangue

não nasce o pão

tudo quanto existe

é suor, é dor

balalaika triste

dá força à palavra

seja onde for

cidade multicultural

Cazã

principado de Kiev

kosovorotka

Vasily Andreyev

contos de fada

bylinas

cúpulas douradas

corações

balalaika

som de aventura

caminho do teu coração

São Petersburgo

e essas terras

e essas terras o que é que dão

teu corpo

triangular 

Santíssima Trindade

Pedro primeiro

a liberdade

balalaika é balançar

como a frente do navio

skomorokhs a cantar

catedral de S. Basílio

poema Elysei

Arkhipovsky, Aleksei

cidade multicultural

Cazã

principado de Kiev

kosovorotka

Vasily Andreyev

contos de fada

bylinas

cúpulas douradas

corações

Kremlins são fortificações

Buzuki

Buzuki
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BUZUKI

Nas cordas do meu Buzuki

há um fogo por extinguir

canção de água, elixir

Atenas é uma gota

que nunca seca

literatura, Odisseia, Antes de Cristo

antes do amor nada existe

e se há rosas vermelhas

é do sangue de Afrodite

saia branca do soldado

sentinela que vigia

que vigia a memória do passado

e uns restos de alegria

Buzuki meu amor

veio da Ásia Menor

para tocar nas tabernas

nos covis, na prisão

a música Rebetiko

som de aculturação

nas cordas do meu Buzuki

cantam nove musas, menina

Terpsicore apenas dança

Tróia na ponta da lança

glória, ruína

literatura, Odisseia, Antes de Cristo

antes do amor nada existe

e se há rosas vermelhas 

é do sangue de Afrodite

os Helenos da Helade

não são bárbaros nem divinos

estátua de Laocoonte

Ática, Creta, Tessália

Magna Grécia

Tombak

Tombak
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TOMBAK

Na caligrafia poética diz

quando soa faz todo o mundo feliz

ornamento Khatam-Kari

micro-mosaicos como não vi

losangos, estrelas de Ostad Helmi

aquecer a pele

arrefecer também

secar a pele

ou humedecer

como te convém

afinação fundamental

tambor de cálice iraniano

da Pérsia Sassanida, Tombak lhe chamo

anel no dedo, expressivo

esse clique extra-percussivo

no colo, teu solo, recital vivo

elevar o tom

durante a performance 

pressionar é bom

no meio do som

na pele sua nuance

no timbre detalhe especial

Ranat

Ranat
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RANAT

O Ranat tem a forma

dos barcos de rio da Tailândia

a história soberana informa

seu nome Krap se perdeu um dia

era usado aos pares

para manter o ritmo no tempo certo

Tailândia de boas cores, bons ares

e muitos sorrisos sempre perto

terra do sorriso

mercado flutuante

tigre manso de Bangkok

o Buda deitado

o sonho gigante

Ranat aperfeiçoa o toque

Ranat Ek, de madeira

pau-rosa, mai ching chao, se diz em thai

Tanat Thum é bambu de primeira

marca no coração que nunca sai

Ranat Ek Lek é metal

Ranat Kaeo é vidro a cantar

nos conjuntos Piphat dá o sinal

baqueta dura para rápido tocar

terra do sorriso

mercado flutuante

tigre manso de Bangkok

o Buda deitado

o sonho gigante

Ranat aperfeiçoa o toque

Đàn Đá

Đàn Đá
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ĐÀN ĐÁ

É um litofone o Đàn Đá

marimba de pedra fina

no Vietname datam de tempos ancestrais

pedra dura que bem canta

pedra que não desafina

rock gong, rocha natural com sons musicais

Mfangana Island

no Kenya, Lago Vitória

Luray Caverns, Virgínia home land

estalactites nesta história

litofone pré-histórico

na India em Sankarjang

Ringing Rock Park, Pennsylvania , EUA

Tan Nguyen, o grupo étnico

Đàn Đá, tesouro como sangue

são sagrados e tocados para os deuses de lá

Song Be e Khanh Hoa

o povo tem fé e acredita

proteção das culturas sempre boa

Đàn Đá é uma história bonita

Dàn Tú'

Dàn Tú'

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DÀN TÚ'

Nhac dân tôc cai bién

música nacional renovada

no conservatório de Hanói, alguém

usou harmonia ocidental, criticada

pelos puristas

pelos puristas

Tú' é quatro (cordas de aço)

em sino-vietnamita

Doan é pequeno (o braço)

nessa língua tão bonita

e os dois de braço curto

Dàn Tú' escala diatónica

o som provoca um surto

de alegria e felicidade única

o Dàn Tú' de corpo rectangular  

evolução do Dàn Doan, guitarra lua

hoje em dia é mais popular

a versão tradicional que foi tua

já se perdeu

já se perdeu

Tú' é quatro (cordas de aço)

em sino-vietnamita

Doan é pequeno (o braço)

nessa língua tão bonita

e os dois de braço curto

Dàn Tú' escala diatónica

o som provoca um surto

de alegria e felicidade única

Dan Mo

Dan Mo

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DAN MO

Nos pagodes vietnamitas

nas grandiosas cerimónias

usavam Dan Mo

usavam Dan Mo

usavam Dan Mo

instrumento de casca de fruta

com muitos séculos de história

o som é único

o som é único

o som é único

montagem de blocos raspadores

e blocos de bater

Mas, porém, senhoras e senhores

também é bonito de se ver

escavado à mão da jack fruit tree

o som é muito rico e afinado

seu nome é Dan Mo

seu nome é Dan Mo

seu nome é Dan Mo

em Hanói assim que eu o vi

de repente fiquei apaixonado

e me conquistou

e me conquistou

e me conquistou

montagem de blocos raspadores

e blocos de bater

mas, porém, senhoras e senhores

também é bonito de se ver

Dayereh

Dayereh

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DAYEREH

No Pahlavi

língua persa pré-islâmica

seu nome como é

se nome como fica

seu nome é Dareh

instrumento

retratado em taça de bronze

antiga

na poesia de Abu Saeed, século onze

e nesta cantiga

do Cáucaso aos Balcãs

em alguns lugares da Geórgia

nas regiões polares russas

é muito popular

ritmo que canta as manhãs

dança popular macedónia

Dayereh, poetas, musas

diringi, yalli, lazgi, mahni no ar

Dayereh

meu Dayereh

decorado

linda mulher

cabelo ao vento

Dayereh

meu Dayereh

comprado

em Teerão

lindo momento

no Azerbaijão

tambor que acompanha o Ashigh

poeta cantor

toca em ocasião festiva

tocar é amor

a madeira

amaciada em água

antes de ser dobrada

cilindro de metal quente

anéis para fazer som diferente

Xinh Tien

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XINH TIEN

Feito de pau rosa

com raspador e guizos

e o som da pancada

seca

e esta minha prosa

todos deixa indecisos

o nome não diz nada

co'a breca

corpo articulado

três sons num só momento

sob o céu estrelado

teus olhos meu firmamento

pedaços de madeira

a moeda chinesa

velha é a história

que agito

tocar dessa maneira

agora és princesa

de sistros sobre a glória

do Egipto

corpo articulado

três sons num só momento

sob o céu estrelado

teus olhos meu firmamento

Guiro

Guiro
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GUIRO

De Cuba originário

antes da chegada dos espanhóis

já existia

seu som incendiário

sem guiro fica em maus lençóis

a cumbia

Refrão

guicharo em Porto Rico

que melhor não há

mais alegre eu fico

churuca no Panamá

guiro de salsa

guiro cubano

guiro realça

guiro todo o ano

costuma ser tocado

pela mesma pessoa que canta

tua beleza

do fruto alongado

cabaça seca que me encanta

charanga acesa

Refrão...

movimento lento é grave

movimento rápido agudo

música bela

para dançar nenhum entrave

teu corpo, meu mundo, é tudo

só eu e ela

Refrão...

na Argentina villera

idiofone de raspagem

acentua

quem espera desespera

teu ritmo minha viagem

e tua